Grag Queen comanda 2ª temporada do Drag Race Brasil e quer seguir como apresentadora de TV
“Acabei me descobrindo na profissão”, diz a artista em entrevista ao NaTelinha

Publicado em 03/06/2025 às 05:51,
atualizado em 03/06/2025 às 10:24
Grag Queen segue no posto de apresentadora na segunda temporada do Drag Race Brasil, que estreia em breve na plataforma de streaming Wow Presents Plus. O Meet the Queens – com a apresentação da “nova ninhada de rainhas” – será nesta terça-feira (3), em meio à celebração do Mês do Orgulho LGTQIA+.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, Grag Queen fala do trabalho como apresentadora, que começou à frente da primeira temporada, lançada em 2023. “Acabei me descobrindo na profissão e, claro, eu quero muito seguir”, diz.
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A cantora despontou mundialmente ao vencer a primeira temporada do reality show internacional Queen of the Universe, em 2021. Aos 29 anos, está entre as drags mais seguidas da atualidade, com mais de 550 mil no Instagram, 2 milhões no TikTok e 17 milhões de visualizações no YouTube.
Neste mês de luta e celebração, Grag Queen propõe: “Estamos cada vez mais malucos dentro dos nossos celulares e vivendo nossa própria ansiedade. Nesse momento, nós poderíamos exercitar mais essa construção de afetos entre nós e entre pessoas como nós”.
Leia na íntegra a entrevista com Grag Queen, apresentadora do Drag Race Brasil
NaTelinha: Quais os principais diferenciais da versão brasileira do Drag Race, na sua opinião? Em que as drags brasileiras se destacam e se diferem das de outros países?
Grag Queen: O que diferenciam as versões são justamente as drags. No Drag Race Brasil, nós colocamos muito do nosso país.
“Com certeza nós, brasileiros, temos o diferencial. Todo mundo sabe que nós temos um axé diferente, então desde todo nosso background riquíssimo, das nossas danças tradicionais, de Xuxa, de carnaval.”
Eu acho que nós somos muito bem nutridos de referências estéticas e glamurosas. E nós corremos atrás, não temos o a muita coisa, então acabamos correndo mais, valorizando mais. Essa paixão brasileira acaba protagonizando tudo.
NaTelinha: Quais foram suas inspirações no início do trabalho como drag queen e em quem você se inspira atualmente?
Grag Queen: Eu comecei me inspirando nas drags cantoras, porque eu sempre cantei. Acho que eu não seria drag se eu não fosse cantor primeiro. Então, eu percebi que tinha possibilidade de cantar sendo drag e eu me apaixonei pela arte. Uma vez que você começa, a arte te escolhe e não tem volta.
Hoje, eu me inspiro em todas as drags, porque é um trabalho de pesquisa interminável, em desfiles de moda e em outros cantores. É um trabalho muito plural, muito rico. Acabo me inspirando em toda a cena pop, a cena setentista e oitentista.
NaTelinha: Tem vontade de seguir como apresentadora em programas de TV aberta? É um objetivo?
Grag Queen: A oportunidade de ser apresentadora me pegou de surpresa, foi como um presente. Eu estudei, fiz uma primeira temporada e agora fiz a segunda dominando muito mais, muito mais seguro, mais rápido, então acabei me descobrindo na profissão e, claro, eu quero muito seguir.
Eu amo apresentar! Eu amo a correria, tanto pré quanto pós. Só é muito triste ter que esperar editar (risos), mas o pré é uma delícia! Correria, confecção de look, entender o que funciona na televisão e viver juntos a competição. Eu sou muito honrada e presenteada de ser apresentadora desse programa.
NaTelinha: Em junho, é celebrado o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Na sua percepção, quais são as principais questões da população no Brasil de 2025?
Grag Queen: Eu acho que é algo geral da nossa geração, mas estamos cada vez mais malucos dentro dos nossos celulares e vivendo nossa própria ansiedade.
“Nesse momento, nós poderíamos exercitar mais essa construção de afetos entre nós e entre pessoas como nós. Entender que dentro da nossa bolha, nós também podemos construir um ambiente de amor, de amigos legais, de cuidar da nossa saúde. Entender que merecemos ter uma vida tranquila e por mais que, a maioria de nós, tenhamos histórias muito pesadas, nós também podemos seguir uma vida babadeira, construindo o nosso, sem ansiedade, sem pressões.”
Óbvio que sempre temos uma causa grande a se lutar contra a desigualdade, contra o jeito que as pessoas nos tratam diferente dos outros. E falando de dentro da bolha para a própria bolha, é muito urgente nos darmos as mãos, se olhar com amor e se auto tratar com carinho.