Publicado em 05/06/2025 às 12:59:00
Há exatamente 57 anos, no dia 5 de junho de 1968, a novata Globo colocava no ar aquela que se tornaria sua mais longa novela.
Estamos falando de A Grande Mentira, escrita por Hedy Maia e dirigida por Fábio Sabag, que foi mais um dramalhão da era Glória Magadan e ficou mais de um ano no ar.
A novela das sete era estrelada por Cláudio Marzo, que vivia Roberto, e Myrian Pérsia, no papel de Maria Cristina. Completavam o elenco nomes como Gilberto Martinho, Neuza Amaral, Hélio Souto, Edney Giovanezzi, Maria Helena Dias, Eloísa Mafalda e Felipe Carone, entre outros.
A trama era simples: ao ser atropelada pelo milionário Roberto Albuquerque Medeiros, a jovem Maria Cristina, moça pobre e simples, se apaixona por ele. Quando é levada para a mansão da família, acaba sendo desprezada por todos, incluindo a mãe do galã, Veridiana, que faz de tudo para separar o casal.
A vilã era tão odiada pelo público que Neuza Amaral era constantemente ameaçada nas ruas e nos supermercados, como a própria atriz contou em entrevista ao Jornal do Brasil, em 1996. "Certa vez, o Boni pediu que eu evitasse a Zona Norte de São Paulo para não ter problemas", explicou. O nome da personagem, inclusive, virou sinônimo de coisa ruim na época.
A Grande Mentira teve nada menos que 341 capítulos, terminando em 4 de julho de 1969. Além da longa duração, a novela ficou marcada por alguns fatos curiosos.
Um deles é que Magadan, que mandava e desmandava no núcleo de dramaturgia da Globo, acabou retirando o casal de protagonistas da história, colocando substitutos em seu lugar. Mas o público reagiu, fazendo com que Marzo e Pérsia voltassem em cena.
A Grande Mentira foi gravada inteiramente na sede da Globo em São Paulo, onde funcionava a antiga TV Paulista, que foi comprava por Roberto Marinho para ser o braço da emissora na capital paulista. Sem a estrutura necessária, o elenco precisava virar madrugadas para gravar as cenas, já que outros programas eram feitos no local, como o de Silvio Santos.
O diretor Marlos Andreucci sofreu um aneurisma durante a gravação de uma cena da novela. Em depoimento ao projeto Memória Globo, a atriz Neuza Amaral enfatizou que o diretor ainda teve a iniciativa de proteger a câmera antes de cair no chão.
Assim como diversas outras novelas dos primeiros anos da Globo, não existem mais registros de A Grande Mentira, apesar da trama ser reprisada pela emissora à tarde, enquanto ainda estava no ar. Na época, as fitas eram reutilizadas, por causa do custo elevado, e o canal ainda sofreu vários incêndios, que dizimaram muitos itens de seu arquivo.
Apesar de ser a novela mais longa da história da Globo, A Grande Mentira não é a recordista de capítulos da televisão brasileira.
O posto pertence a Redenção, exibida pela TV Excelsior entre 1966 e 1968, com 596 capítulos; em seguida, vem As Aventuras de Poliana, do SBT, que teve 563 episódios entre 2013 e 2015.
As duas novelas da Globo que mais chegam perto de A Grande Mentira são a primeira versão de Irmãos Coragem, exibida entre 1970 e 1971, com 328 capítulos, e O Homem que Deve Morrer, exibida entre 1971 e 1972, com 258. Muito provavelmente esse números não serão batidos, já que é muito difícil que uma produção da emissora chegue perto dessas marcas na atualidade.
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