Publicado em 05/06/2025 às 20:11:00
O humorista Leo Lins divulgou um comunicado em vídeo na noite desta quinta-feira (5), após ser condenado a oito anos de prisão por piadas consideradas ofensivas contra minorias. A decisão judicial também determinou o pagamento de uma multa de quase R$ 2 milhões. No vídeo, com pouco mais de 12 minutos, o artista afirmou que suas falas foram feitas no contexto de uma apresentação de comédia e não deveriam ser interpretadas literalmente.
Lins gravou a declaração em casa, sem presença de público, e disse falar como Leonardo de Lima Borges Lins, e não como sua persona artística, Leo Lins. “Esse vídeo não é de piada. Eu tô em casa com os meus gatos. Aqui a pessoa Leonardo de Lima Borges Lins e não o comediante Leo Lins. Uma persona cômica criada ao longo de anos que faz piadas ácidas, críticas e que sabe que nem todas as piadas são para todas as pessoas”, afirmou.
Segundo ele, o conteúdo apresentado nos palcos deve ser entendido como uma construção artística. “Talvez nem todos saibam, mas o humorista num palco interpreta um personagem, uma persona cômica. Na construção do texto nós utilizamos figuras de linguagem, hipérbole, metáfora e ironia numa licença estética e, portanto, uma análise literal desse texto não se aplica na estrutura do cômico”, declarou.
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Ao longo do vídeo, Lins criticou a interpretação da juíza responsável pela sentença e sugeriu que a decisão foi baseada em emoções, e não em uma análise técnica. “Estamos vivendo uma das maiores epidemias dos últimos tempos, a da cegueira racional. Os julgamentos são feitos puramente baseados em emoção e ninguém quer mais ouvir o próximo, quer no máximo convencê-lo da sua própria verdade. Isso pode trazer consequência para qualquer pessoa, mas no caso de um juiz, de uma juíza, pode trazer consequências gravíssimas”, disse.
O humorista também mencionou o debate nas redes sociais envolvendo censura e liberdade de expressão. “Concordar com sentenças como essa é um atestado que nós somos adultos infantiloides sem a menor capacidade de discernir o que é bom ou ruim para nós e precisamos de um estado falando do que você pode rir, o que você pode ouvir, o que você vai poder comer, o que você pode falar e até um dia o que você pode pensar”, afirmou.
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Leo Lins agradeceu aos colegas de profissão, familiares, juristas, jornalistas e ao público que manifestou apoio. “Eu recebi milhões, milhares de mensagens. Confesso que foram foi acima da minha expectativa as pessoas que estão se posicionando a meu favor e claro, a vocês, as milhões de pessoas que acompanham o meu trabalho.”
O vídeo foi encerrado com uma mensagem de otimismo. “Eu tenho fé que no fim vai dar tudo certo, até porque se rir virou crime, o silêncio virou regra.”
Até o momento, a sentença ainda é ível de recursos judiciais.
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